Nessa situação, ou momento, onde me sinto bem acolhido, eu me divirto, exteriorizo minhas emoções que até então eram tão contidas. Tenho amigos e relacionamentos que fazem sentir-me incrivelmente bem.
Os problemas de repente se perdem na escuridão do esquecimento; é como uma anestesia com duração prolongada.
E quando me pego pensando, logo me questiono, como eu demorei tanto tempo para chegar neste ponto?
Porém, situações e momentos estão longe de serem eternos, ou pelo menos constantes. Chega o momento em que me dou conta de que estruturei todo esse bem estar em algo que se perde fácil, como uma paixão, tão confundida com o amor; ou como qualquer outra forma de satisfação pessoal dos meus desejos e vontades.
E aí, isso passa, levando tudo aquilo que antes parecia ser nosso pedaço de céu ainda em vida.
E caímos. E dói.
Neste ponto, muitos buscam a distância para se esconder. Pois tentam encontrar no esconderijo um adiamento para a resolução de suas lutas afetivas.
Essa história é tão comum.
O fato, é que infelizmente, ainda existe uma maioria que mente pra si mesma, e agem sempre para suprir suas próprias carências, mesmo quando isso se passa despercebido até para a própria pessoa. Acontece um egoísmo velado, ou para simplificar, o famoso lobo disfarçado de cordeiro, onde a pessoa pensando somente em si, acaba tendo atitudes que a princípio parecem até caridosas, e que no fim das contas acabam enganando a si mesmas. São as típicas segundas intenções, mas aqui disfarçadas das melhores e mais puras intenções.
Nos lugares de meu convívio, vejo muito isso acontecendo. Mas o principal desses lugares, pois é onde tenho meu maior circulo de amizades, é na igreja. Em contrapartida, é lá onde eu tenho a base pra lutar contra essa escravização dos sentimentos e dos afetos desordenados.
E lá onde eu encontro um Deus vivo, sacramentado, e que ama de um jeito que eu não posso nem compreender, de tão imenso, e eu canto e trago pro mundo o grito de "HOJE LIVRE SOU"